Live do projeto I-Omi homenageia Chico Preto e o aniversário de Iaçu

Em comemoração ao aniversário de 65 anos de emancipação política de Iaçu, nesta sexta-feira, às 19 horas, no perfil @cleidiianaramos no Instagram, a série de lives do projeto I-Omi vai ter formato especial. Ela fará uma homenagem à memória de Pacífico Teixeira Ramos (1933-2004), que foi prefeito do município por duas vezes (1971-1973 e 1982-1988).

Conhecido como Chico Preto, pai de Cleidiana Ramos, ele foi uma das lideranças do campo progressista na Chapada Diamantina por cerca de 40 anos. Em 1971, Chico foi um dos 19 prefeitos eleitos pelo MDB na Bahia durante a ditadura militar. No partido, do qual saiu apenas em 1998, quando passou a integrar o PSB, participou do grupo dos chamados “autênticos”.

Chico, terceiro a partir da esquerda, em seu segundo mandato como prefeito.

Em Iaçu foi o prefeito do período em que as lutas dos posseiros esteve em seus momentos decisivos e teve uma participação importante no apoio à causa. Além disso, era conhecido pelo humor, uma das marcas da sua atuação política e pela relação indissociável do uso do fusca, o único carro que dizia saber dirigir. As histórias de Chico e seu fusca rendem parte das boas memórias de Iaçu.

Chico também teve uma participação importante não apenas na formação da sua filha, Cleidiana Ramos, mas foi decisivo para a produção de Os Caminhos da Água Grande, inclusive na sua apresentação como livro-reportagem. São essas memórias que ela pretende compartilhar na live dessa sexta-feira.

Chico, Cleidiana ainda criança, e sua mãe, Nazinha Ramos, na inauguração da Avenida Pacífico Teixeira Ramos, na década de 1980.

Celebração 

A série de lives do projeto I-Omi já recebeu o jornalista, escritor e professor Emiliano José; o jornalista e professor da Uneb, Moisés Viana; a jornalista e presidenta da Fenaj, Samira de Castro; a professora, jornalista e produtora audiovisual, Ceci Alves; o prefeito de Iaçu, Nixon Duarte; o secretário de Cultura, Comércio e Turismo de Iaçu, Eziquiel Santos; a jornalista, doutora em comunicação e ativista do movimento de mulheres negras, Isabel Clavelin; a secretária de Educação do Município de Iaçu, Zene Sodré; e o ex-deputado e atual assessor da Serin do governo da Bahia, Yulo Oiticica.

Outros participantes da série foram o  candidato a governador da Bahia e cientista social, Kleber Rosa;  o deputado federal Daniel Almeida, a jornalista, escritora, professora e doutora em Comunicação, Adriana Jacob; o jornalista, mestre, doutorando e pesquisador, Hugo Mansur; o bibliotecário, mestre e doutorando Lucas Carvalho que pesquisa a obra e produção cientifica de Roberto Albergaria; a jornalista, produtora cultural, gestora cultural e mestra em Cultura e Sociedade, Camilla França, o professor Cláudio Luiz Pereira, um dos personagens da seção Inspirações, pois foi o orientador de Cleidiana Ramos na pesquisa para o mestrado em Estudos Étnicos e Africanos, além do jornalista, professor, mestre e doutorando em Estudos de Linguagens, André Santana.  A série de lives também fez uma homenagem à jornalista, professora e escritora Rosângela Vieira Rocha, que foi a orientadora de Cleidiana Ramos durante a graduação e é uma das personagens da seção Inspirações. 

Campanha

Para marcar seus 25 anos de jornalismo, Cleidiana Ramos vem desenvolvendo diversas atividades. Outro objetivo é publicar livros de sua autoria. Um deles é a segunda edição do livro-reportagem Os Caminhos da Água Grande, que também está completando 25 anos, pois foi resultado do seu trabalho de final de curso em jornalismo pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom-Ufba). O livro é uma grande reportagem sobre Iaçu com destaque para a formação do território, as lutas de trabalhadores rurais pela posse da terra, a ligação da localidade com o rio Paraguaçu, dentre outros temas.

A segunda publicação em produção é  Cibervida, Cibermorte, Cibersorte, uma coletânea que articula histórias que, segundo Cleidiana Ramos, são ficcionais mas que poderiam tranquilamente ser o ponto de partida de reportagens. A pandemia de coronavírus e as tecnologias de informação e comunicação são o pano de fundo para os dramas vividos pelos protagonistas das histórias.

Para saber mais sobre a campanha e contribuir é só clicar aqui. 

Confira o vídeo tutorial sobre como contribuir com a campanha.