Fotos: Flice/Divulgação
A I edição da Flice prossegue hoje em Itaberaba com o encontro entre gêneros literários variados e linguagens artísticas. A programação desta sexta-feira, 6, último dia da feira, começa a partir das 7h20, nos espaços especiais instalados no Centro Territorial de Educação Profissional Piemonte do Paraguaçu I (Cetep- PP1), em Itaberaba.
A Flice foi contemplada no Edital de Apoio às Festas, Feiras e Festivais Literários (n° 01/2024), através do Programa Bahia Literária, com o apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Educação e da Secretaria de Cultura, via Fundação Pedro Calmon. O edital é direcionado na modalidade fomento à execução de ações culturais, conforme Decreto Federal nº 11.453/2023, Política Estadual de Cultura Lei nº 12.365/2011, Plano Estadual de Cultura Lei nº 13.193/2014, Plano Estadual de Educação da Bahia (Lei Estadual nº 13.559/2016) e Lei Federal nº 14.133/2021.


Nesta quinta-feira, 5, as atividades foram iniciadas com o cortejo artístico pelas ruas de Itaberaba. Um debate sobre as potencialidades das conexões entre a educação básica e o ensino superior, com ênfase nas políticas de acesso e permanência na universidade pública, deu início à programação das mesas redondas.
Os estilos e desafios da produção de uma literatura indígena e afrorreferenciadas direcionaram a roda de conversa que reuniu o professor, escritor, poeta, desenhista e doutor honoris causa pela Uneb, Cacique Juvenal Paiaiá, autor de obras como Roda de Prosa na Periferia – Anti-história; o professor da Uneb no campus XXIII, localizado em Seabra, doutor em difusão do conhecimento e escritor, Gildeci Leite, autor de A Casa do Mistério ou a A Casa do Renascimento, que integrou o programa de leitura para seleções de acesso à Uneb; e o professor, doutorando em Educação e Contemporaneidade, prefeito de Antônio Cardoso, quilombola, escritor e poeta, Jocivaldo dos Anjos. Ele é autor de obras como Eu e Estes. A mediação foi feita pela jornalista, doutora em antropologia e escritora, Cleidiana Ramos, e por Maria Brito, estudante do Cetep- PP1.
Na conversa, os autores expuseram seus desafios para construir obras que desafiam os padrões ao mesmo tempo que deram ênfase às suas experiências em segmentos culturais que compõem a resistência de elementos das heranças afro-indígenas em desafio às tentativas de apagamento. O debate contou com a participação de um público diverso, mas com forte presença de jovens das escolas públicas de Itaberaba e outras cidades do Território de Identidade Piemonte do Paraguaçu, como Iaçu e Ruy Barbosa.

Cordel, bate papo, memórias e questões de gênero
A presença do cordelista e repentista Bule-Bule por atividades variadas, como oficina, sessão de autógrafos e show, movimentou o segundo dia das atividades da Flice. Com a simpatia que lhe é peculiar, o artista, entre uma atividade e outra, atendeu os mais variados pedidos de registros como lembranças: fotografias, autógrafos ou apenas uma breve prosa.


O escritor Marcos Cajé também esteve envolvido em diversas atividades e conduziu um bate-papo sobre o poder transformador da literatura, além de lançar o seu livro intitulado Akili. Um outro momento para diálogo com o público foi a atividade intitulada Na contramão do Afeto: Histórias e Trajetórias Afetivas de Mulheres Negras, com a jornalista, escritora e apresentadora de TV, Luana Souza. O projeto I-Omi é um dos parceiros da I Flice.
Confira mais imagens do segundo dia da Flice, em Itaberaba.



